Já existem equipamentos de ventilação assistida extracorpórea, os chamados ECMO (Extracorporal Membrane Oxygenation). Contudo, são equipamentos altamente invasivos, de alto risco para o paciente e somente são indicados para situações onde todos os demais recursos já falharam e o paciente está em risco de morte iminente.
Dispositivo Respiratório Externo
O Dispositivo Respiratório Externo, como está sendo chamado o pulmão artificial, está sendo desenvolvido em três versões.
A mais simples delas consiste de um dispositivo de trocas gasosas ligado a uma veia principal, de onde é capturado o sangue venoso, no qual há uma baixa concentração de oxigênio. O trocador de gases remove o dióxido de carbono, substituindo-o com oxigênio e retorna o sangue oxigenado para o corpo através de uma artéria.
A segunda versão leva o pulmão artificial para dentro do corpo do paciente, dando-lhe maior mobilidade e evitando os inconvenientes de se ter uma grande quantidade de sangue circulando fora do corpo.
A versão definitiva, que deverá ser a última a ser aprimorada, consiste de um pulmão protético completo, dotado de software inteligente que o fará responder às necessidades fisiológicas do paciente, permitindo-o readquirir uma rotina praticamente normal.
Imitando os pulmões naturais
Em todos os três modelos a transferência de massa é controlada de tal forma que seu desempenho imita o funcionamento dos pulmões naturais. Desta forma, o mecanismo de controle respiratório natural controla todas as funções, como o ritmo da respiração e a taxa de batimentos cardíacos, por exemplo.
O protótipo inicial, fabricado pela empresa emergente Haemair Ltd., começará a ser testado neste ano no hospital da Universidade de Swansea. Mesmo sendo o mais básico dos três projetados, esse novo pulmão artificial está anos à frente dos atuais equipamentos de respiração assistida.
Ao contrário dos equipamentos ECMO atuais, o novo pulmão artificial é facilmente reversível, o que é essencial no atendimento de emergências e no tratamento de casos de doenças agudas, nas quais o equipamento pode ser necessário apenas por algumas horas.
Fim dos transplantes de pulmão
Assim que todos os testes com esta versão externa tiveram sido concluídos, os médicos começarão o desenvolvimento da segunda versão, mais adequada a pacientes que necessitam do aparelho por longos períodos, o que normalmente acontece quando o paciente está aguardando um transplante.
Já a versão final deverá substituir inteiramente o transplante, evitando as longas esperas e eliminando os problemas de rejeição. O pulmão artificial também deverá atender aos pacientes que não entram nas filas de espera por transplante, como os doentes terminais que sofrem de enfisema pulmonar.
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