A não adesão à terapêutica é hoje reconhecida como o factor determinante para o aumento da morbilidade e mortalidade, redução da qualidade de vida, aumento dos custos médicos e excesso da utilização dos serviços de saúde para os doentes transplantados. A não adesão pode ser uma causa directa de 21% de todos os insucessos da transplantação e 26% das mortes pós transplante. Um dos aspectos apontados é o esquecimento, situação que vem a ser facilitada com o novo imunossupressor da Astellas Pharma, o Advagraf® (Tracolimus), avança comunicado de imprensa.
“O tratamento prescrito pelo médico inclui, obrigatoriamente, corticosteroides, anti-inflamatórios e imunossupressores. São estes medicamentos que vão manter o nível de actividade do sistema imunitário reduzido, de forma a evitar a rejeição do órgão transplantado. No entanto, a diminuição não é suficiente para permitir infecções por microrganismos endógenos e exógenos. Para o sucesso do transplante, o primeiro factor crítico é, obviamente, o cumprimento da terapêutica. O doente não pode nunca, em condição alguma, interromper ou suspender a medicação por livre iniciativa“, explica Domingos Machado, Director do Serviço de Transplantes do Hospital de Santa Cruz.
Advagraf® (Tacrolimus) é o fármaco imunossupressor mais recente no mercado. Graças ao desenvolvimento e melhoria da forma farmacêutica o Advagraf® (medicamento de libertação prolongada) apresenta uma libertação do tacrolimus a partir das cápsulas mais consistente e controlada. Esta forma de libertação do princípio activo permite uma única toma diária e, consequentemente, maior comodidade para o doente. Advagraf® foi estudado em 668 pacientes que efectuaram um transplante renal. Os resultados demonstraram que os doentes que tomaram Advagraf apresentaram uma taxa de rejeição de apenas 14%, em comparação com outros medicamentos imunossupressores com taxas de 17%.
Actualmente, Portugal possui uma das maiores taxas de doações a nível mundial: 31 por cada milhão de habitantes. Portugal é ainda líder mundial no transplante de fígado e o segundo país na colheita de órgãos. Em 2009, realizaram-se nos hospitais portugueses mais de mil transplantes, o que significa um aumento de 8,2% em relação a 2008. Em 2009, foram realizados 47 transplantes cardíacos, 595 renais, 255 de fígado, 11 de pulmão, 20 de pâncreas, 755 de córnea e 423 de medula.